quarta-feira, 30 de maio de 2018

Websérie “Pé no Terreiro” faz pesquisa sobre os terreiros na zonal sul


No último dia 10 de maio, a Fundação Julita recebeu o Coletivo Cine Becos, que fez uma apresentação do projeto “Pé no Terreiro – pesquisa sobre a presença negra na zona sul”, em formato de websérie.


Com o objetivo de fazer um resgate dos ancestrais afro-brasileiros, questionando quem ajudou a construir a cidade de São Paulo, o Pé no Terreiro fez uma investigação para dar visibilidade positiva aos terreiros de candomblé e umbanda, na periferia na zonal sul. Com isso, buscou mostrar uma nova narrativa periférica, diferente da violência mostrada em programas sensacionalistas de televisão.

Quebrando preconceitos


Muitos terreiros estão instalados em casas simples e sem identificação, como uma forma de proteção contra a intolerância religiosa.

A websérie apresenta lideranças religiosas e terreiros, explicando que são espaços de saúde espiritual, lugares de acolhimento de lideranças comunitárias, de reconexão com a ancestralidade e reconstrução da imagem do povo negro com o seu território.

A websérie também contextualizou que o primeiro pé no terreiro foi a senzala e que a periferia é a extensão da senzala.


Além disso, durante a palestra, outros espaços que têm origens africanas foram apresentados. Lugares que foram “maquiados” pela política de higienização, que imperou com o fim do tráfico de negros escravizados.

São Paulo era um território negro, foi a política de higienização que apagou a real história. Prova disso é que o bairro da Liberdade, conhecido como bairro japonês, era na verdade um bairro de negros, que concentrava tortura e mortes para os negros na época da escravidão. Além disso, o bairro do Bixiga, a igreja do Largo 13 de Maio são outros exemplos de lugares que eram dos negros, mas, infelizmente, atualmente poucas pessoas conhecem essas origens”, explica Luciana Dias, pesquisadora do “Pé no Terreiro”.


A consciência da gratidão

Jovens do Programa Paineira da Fundação Julita (14 a 17 anos) participaram da palestra, muitos tiveram contato pela primeira vez com o tema e tiraram dúvidas, interagiram com os palestrantes, Luciana Dias e Rogério Pixote.

Luciana é ex-aluna da Fundação Julita:

Estou voltando aqui depois de muitos anos, apesar de ter vindo em alguns eventos como a feijoada, para mim é muito legal! Estou revivendo o passado, me enxergando nos jovens que estão aqui hoje, porque eu já passei por esse processo. Para mim, esse é um momento de partilha de conhecimento, devolver na fonte os conhecimentos que eu fui adquirindo ao longo do tempo. Sinto como uma volta às origens, estou muito feliz!” finaliza a ex-educanda da Fundação.



Fundação Julita reflete o dia 13 de maio

O que significa o 13 de maio para você?

Dentro desse questionamento e entendendo a importância de debater a data, a Fundação Julita realizou uma serie de atividades educativas e culturais.
Entre elas, o debate “História do racismo e seus desdobramentos”, clique para conferir;
Palestra “Fala sobre as religiões de matriz africana e sua importância na resistência cultural”, clique para conferir,
Cine Julita debateu o documentário “Quem te Penteia”, clique para conferir; Roda de conversa sobre a história da capoeira e vivência clique para conferir e “Exposição Fragmentos estéticos: Afro-brasileiros racismo e religiosidade”, clique para conferir.



Fundação recebe palestra sobre manifestações culturais de matriz africana


Atividade integrou a semana de reflexão sobre o 13 de maio



No último dia 09 de maio, a Fundação Julita recebeu a palestra “Religiões de matriz africana e sua importância na resistência cultural” com o Babalorixá Adriano de Ayra, representante do Fórum Regional de Cultos de Matriz Africana.

Durante o bate papo o Babalorixá explicou termos que integram as religiões de matriz africana, explicou quais são as vestimentas, os rituais e toda a cultura que existe para esses povos tradicionais de origem africana. de matrizes africana

Reforçou que a questão da ancestralidade está muito presente em tudo que é cultivado pelos integrantes do candomblé e da umbanda.

Na palestra ainda houve um espaço para perguntas dando oportunidade para que os jovens esclarecessem diversas dúvidas, o que ajudou a desmitificar certos preconceitos que pairam contra as religiões de matriz africana.


"São espaços como esses de ensinamento e compartilhamento de cultura que ajudam a combater o preconceito", como avalia Adriano.

“Que o respeito com o próximo sempre prevaleça”

Eu senti uma abertura muito grande para a nossa religião e cultura nesse espaço da Julita. Por isso, tentar desmistificar as manifestações culturais de origem africana em uma região periférica como a nossa junto com os jovens é muito importante. Esse cuidado com o pensamento do jovem para mim é fundamental, porque eu também sou professor, portanto, eu quero que os nossos jovens tenham esse cuidado com o que o outro pensa e acredita para que o respeito com o próximo sempre prevaleça”.



Fundação Julita reflete o dia 13 de maio

O que significa o 13 de maio para você?

Dentro desse questionamento e entendendo a importância de debater a data, a Fundação Julita realizou uma série de atividades educativas e culturais.
Entre elas, o debate “História do racismo e seus desdobramentos”, clique  para conferir; o debate “Pé no terreiro: pesquisa sobre a presença negra na zona sul”, clique para conferir; o Cine Julita, que debateu o documentário “Quem te Penteia”, clique para conferir; a Roda de conversa sobre a história da capoeira e vivência clique para conferir e a “Exposição Fragmentos estéticos: Afro-brasileiros racismo e religiosidade”, clique para conferir.