quinta-feira, 12 de março de 2015

NÚCLEO DE EDUCOMUNICAÇÃO REALIZA ATIVIDADE EM HOMENAGEM AO “DIA DAS MULHERES”



Na noite do dia 09 de março, o Núcleo de Educomunicação convidou jovens e adultos dos cursos de “Assistente Administrativo” e “Gestão para o Comércio”, do Programa Paineira da Fundação Julita, para participarem da exibição do filme “Tão Longe é Aqui”, de Eliza Capai, que traz como temática as condições de vida das mulheres pelo mundo. Após a exibição, as educadoras do Núcleo estimularam os participantes a compartilharem suas impressões sobre o documentário. Também participaram do evento os educadores dos programas Ipê-Amarelo e Paineira, além da assistente social da organização, Janaína Dias, e do gestor pedagógico, Jânio de Oliveira.
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O documentário conta a trajetória da brasileira Eliza Capai em busca de sua identidade. Nesta jornada, a diretora e protagonista viaja à Àfrica e descobre as semelhanças entre a realidade feminina de lá e daqui. A partir do documentário, os participantes dialogaram sobre a condição da mulher na sociedade, abrangendo questões como a da mutilação (genital e outras) e a da naturalização da opressão e da violência.


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PONTOS DE REFLEXÃO: MULHER NA MÍDIA E EXPOSIÇÃO DO CORPO


Após o debate, vários foram os comentários reflexivos entre os educandos. “Antes eu não pensava sobre o sofrimento da mulher. Eu sou DJ e em muitas festas colocávamos entrada gratuita para mulheres que fossem de minissaia. Depois que tive uma filha, passei a pensar que não gostaria que ela fosse tratada como eu tratava outras mulheres; percebi que a mulher tem este tipo de comportamento [uso de roupas provocativas] por imposição do homem.”, relatou Leandro Alves Ferreira de Araújo, 22 anos, aluno do curso de “Gestão para o Comércio”.

Outro assunto do debate foi a influência da mídia no cotidiano feminino, como contam as educadoras do Núcleo de Educomunicação, Leidyla Nascimento e Maria Helena Barros. “O documentário trouxe muitas provocações. Conseguimos abordar vários pontos, entre eles a representação da mulher na mídia. Muitos nunca tinham se dado conta de que o comportamento da mulher muitas vezes é pautado na publicidade e na novela. Eles levaram essa reflexão para casa”, declaram as educadoras.

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DIÁLOGO E LIBERDADE DE EXPRESSÃO


O Núcleo de Educomunicação pretende repetir a ação de exibição de filmes com temáticas variadas, aproximando o público dos meios de comunicação e mediando os debates.  “O pessoal que participou agradeceu muito pelo espaço de diálogo. Percebemos que as pessoas têm necessidade de se expressar; elas contaram que este espaço é importante. Acreditamos que cumprimos nosso objetivo de promover a livre expressão e de democratizar a informação”, contam Leidyla e Maria Helena.


NÚCLEO DE EDUCOMUNICAÇÃO

Desde 2013, a Fundação Julita promove a oficina Diálogos, inicialmente com jovens acima de 14 anos, com o intuito de fortalecer o protagonismo juvenil e colaborar para a formação de cidadãos críticos e engajados. A partir de 2014, incorporou à oficina atividades práticas e teóricas de Educomunicação, estendo a formação para alunos dos 9 aos 29 anos. A educomunicação une a comunicação (análise e apropriação dos meios) à educação. Essa área de conhecimento vem se tornando cada vez mais importante diante da crescente influência da TV e da internet, que hoje são dois grandes formadores de opinião e comportamentos e concorrem com a escola em seu potencial educativo. A educomunicação trabalha conceitos fundamentais para o desenvolvimento do senso crítico, entendimento dos meios de comunicação e da mídia, além de ser um recurso importante para a produção de textos, imagens e conteúdo midiático.


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